A recuperação de condensados de vapor na indústria contribui significativamente na melhoria da eficiência energética global da planta. E como isso afeta na questão da contaminação de condensados de vapor? É o que vamos tratar nesta publicação!
Quando se recicla o condensado de vapor de água gerado nos refervedores, permutadores e turbinas, minimiza-se os gastos com insumos e energia térmica utilizados na geração de novos volumes de vapor. Contudo, isso só é possível se o condensado recuperado possuir as mesmas qualidades que a água de alimentação da caldeira onde o vapor foi gerado.
Desse modo, o condensado recuperado deve possuir, tipicamente:
Baixa condutividade (tipicamente inferior a 10 µS/cm),
pH entre 8,0 e 10,0,
Estar livre de matéria orgânica dissolvida ou em suspensão.
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Mais detalhes sobre a contaminação de condensados de vapor
Os condutivímetros e os pHmetros on-line tem sido usados extensivamente na indústria como instrumentos para a detecção da contaminação de condensados. Embora eficientes para a detecção de contaminação inorgânica (sais, ácidos e bases), ele é não é propriamente voltado para a constatação de matéria orgânica.
Isso se deve ao fato que a grande maioria dos compostos orgânicos são ácidos ou bases fracas em água, ionizando-se bem pouco em solução. No caso de óleos, não há sequer a dissolução, permanecendo na forma de gotículas não dissolvidas ou emulsões.
Consequentemente, compostos orgânicos alteram pouco a condutividade do meio, mesmo em grandes quantidades. O principal impacto disso é que o sensor de condutividade falha em detectar baixas concentrações de matéria orgânica, levando a problemas no caso de reaproveitamento do condensado de vapor sem sua descontaminação.
No caso de processos onde o risco de contaminação por matéria orgânica é maior, a melhor alternativa é o monitoramento de carbono orgânico total (do inglês, TOC). Ao se utilizar analisadores on-line de TOC, é possível detectar pequenas quantidades – da ordem de microgramas por litro – de compostos orgânicos como álcool, açúcar, ácidos orgânicos, entre outros compostos solúveis.
Analisador de TOC da LAR, modelo QuickTOC Purity
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Óleos e solventes insolúveis
No caso de óleos e solventes insolúveis, há um problema ainda maior, que é a baixa dissolução do mesmo em água. Por este motivo, dependendo da maneira como a amostra é tirada, o óleo presente pode ficar estratificado no volume amostrado, levando a leitura subestimadas ou superestimadas do volume total.
Por isso, recomenda-se o uso de analisadores de Óleos e Graxas Totais (do inglês, TOG). Alguns modelos possuem dispositivos para cisalhamento da amostra, fazendo com que a distribuição das gotículas não-dissolvidas seja suficientemente homogênea para evitar a estimativa incorreta da concentração.
Dessa forma, para um melhor desempenho deste tipo de equipamento, também é fundamental conhecer a natureza do tipo de óleo, realizando-se a sua calibração com o fluido correspondente.
Em resumo, a análise on-line de condensado será mais efetiva se o analisador especificado for compatível com o tipo de contaminação o qual ele está sujeito.
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Analisador de TOG da Advanced Sensors, modelo S-One
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